Porque é tão difícil fazer a gestão de processos produtivos?

Porque é tão difícil fazer a gestão de processos produtivos?

Esta matéria poderia apenas resumir-se à célebre frase de William Edwards Demming, um estatístico americano conhecido no meio acadêmico e empresarial, que diz:

“O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado.”

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De forma bastante objetiva, a dificuldade de fazer a gestão dos processos produtivos deve-se à incapacidade de fazer com que as informações do chamado “chão-de-fábrica” cheguem até as bases de dados dos sistemas. E não basta apenas chegar, elas precisam também estar CORRETAS!

Mas então porque elas não chegam ou chegam incorretamente? Principalmente porque os sistemas não foram construídos visando agilizar o trabalho do operadores.

O que um operador precisa é perder o mínimo de tempo com atividades burocráticas e focar seu trabalho na atividade fim buscando entregar uma boa produtividade.

A operação da maioria dos sistemas ERP’s no chão-de-fábrica são burocráticos, dependem de treinamento e acarretam sempre em perda de tempo do operador.

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Antes da revolução industrial, quando os processos eram predominantemente manufatureiros, as métricas baseavam-se em medições de produtividade/hora/homem. Tudo muito simples.

Após a introdução das máquinas, o processo de medição tornou-se mais difícil. Diferentes máquinas produzem diferentes quantidades com diferentes operadores.

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Sugerir que um operador de máquina perca muito tempo preenchendo um formulário ou alimentando dados no sistema é indesejável. Reduz a produtividade e aumenta o custo.

Uma parte das indústrias opta por fazer o apontamento de produção em papel de forma simplificada, gerando pouca perda de tempo no chão de fábrica. Mas isso tem um preço. A partir dos papéis será necessário transcrever os apontamentos para os sistemas! Isso encarece o processo.

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O que as indústrias fazem para melhorar a gestão dos seus processos produtivos? Colocam encarregados para gerenciar os trabalhos! Melhora o processo mas não atende a necessidade de informação. Sem dados, como será possível analisar os resultados sob o comando do encarregado? O problema continua.

Então a solução poderia ser a automatização da coleta de dados da máquina? Sensores e máquinas podem errar e pessoas terão que conferir as informações e, por vezes, consertar sensores. Logo, temos mais custos.

Por último, analisemos a seguinte questão: “O que uma empresa de ERP ganha atendendo as necessidades dos operadores de máquina? NADA! É muito mais lucrativo atender os anseios de: gerentes, diretores, departamento financeiro e vendas! Coitado dos operadores!

A partir disso, estabelece-se um ciclo vicioso. Não há ferramentas de análise porque poucas indústrias conseguem atualizar as informações do chão-de-fábrica em seus sistemas adequadamente. Há pouco desenvolvimento nesta área pois há poucas indústrias com dados minimamente confiáveis a ponto de fazer uso adequado dos dados de produção.

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Empresas de tecnologia já disponibilizam soluções que visam atender as necessidades específicas do chão-de-fábrica através de: coletores de dados, sensorização de equipamentos, apontadores portáteis e soluções mobile.

A melhoria deste importante setor da indústria depende da visão aguçada de proprietários, diretores e gerentes que vislumbram uma melhoria de processo que somente será possível com uso da tecnologia.

A aplicação de modernas soluções na gestão dos processos produtivos das indústrias é inevitável.

Anderson Moraes.

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