Indústria em crise: O que fazer?
A seleção brasileira de futebol levou 7 gols da Alemanha, onde os cinco primeiros ocorreram na primeira meia hora de jogo e quatro deles num intervalo de tempo de seis minutos. Logo podemos começar dizendo que de nada vai adiantar entrar em desespero.
Há um ditado que diz: “O primeiro negócio de qualquer negócio é permanecer no negócio”. Então, reduzir o ritmo da atividade interna é, no mínimo, sinal de prudência. Se a indústria não vai vender como antes, reduza os níveis de produção! O lema agora é enxugar a estrutura.
Organize-se. Se há mão-de-obra sobrando, porque não aproveitá-la internamente? Uma quantidade enorme de otimizações, ideias, novos projetos e mudanças não são feitas nos tempos de plena produção por falta de “tempo”. Porque não fazê-las agora? É uma boa hora para “botar a casa em ordem”.
Inclua a opção de renegociar seus contratos de custos, como energia elétrica, software, matéria-prima. Qualquer reajuste é sempre bem vindo!
Outra questão não menos importante é: Não caia na armadilha de ficar inerte diante da queda do volume de vendas! Não reduza o investimento em marketing. Reduzir os investimentos em vendas é como parar de tirar água do barco que está afundando. Ele só vai ficar mais pesado e sucumbir mais rápido. O marketing digital, por exemplo, é barato, acessível e pode trazer retornos inimagináveis.
Momentos de crise sempre vão existir. A criatividade é amiga do tempo. Nos momentos de crise é onde se criam novo e melhores produtos.
Existem indústrias que conseguem crescer em tempos de crise? Sim! São empresas voltadas para a necessidade dos seus mercados. Em tempos de fartura, o mercado não busca alternativas diferentes das tradicionais. Em tempos de crise, um espaço se abre para a troca de fornecedores, renovação ou substituição de contratos, experimentos de novos insumos, etc.
A oportunidade se abre em tempos de crise porque todos passam a buscar alternativas para melhorarem suas margens e seus processos produtivos.
Uma analogia que cabe bem para o momento em que estamos passando é a do surfista. Ele começa a remar antes que a onda chegue para que seja mais fácil entrar na onda. Agora, o negócio é remar para aproveitar a nova onda que estará se formando. Uma grande calmaria inevitavelmente precede uma boa sequencia de ondas. Aos que preferem os ditos populares, um bastante apropriado para o momento é: “Depois da tempestade vem a bonança.”.
Dito isso, mantenhamos o foco no que interessa, sem desespero.
Anderson Moraes.