Indústria de móveis e eletrodomésticos espera crescer até 20%

Indústria de móveis e eletrodomésticos espera crescer até 20%

Redução de juros para financiamento de imóveis proposta pela Caixa Econômica Federal deve ter impacto positivo no setor moveleiro

indústria de móveis e eletrodomésticos é uma das que podem ser beneficiadas com a nova proposta da Caixa Econômica Federal. A nova linha de crédito imobiliário atualizadas pelo IPCA permitirá redução das taxas de juros em relação às médias de mercado: juro a partir de 2,95% mais inflação.

De acordo com o anúncio feito nesta terça-feira (20) pelo banco estatal, as taxas valem para novos contratos e já estarão vigentes a partir de 26 de agosto.

A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), vê com otimismo as mudanças no crédito imobiliário, conforme comenta a presidente, Maristela Longhi. Com queda de consumo de 1,8% em 2019, a mudança pode significar um crescimento de até 20% no faturamento das indústrias no médio e longo prazo.

Operários trabalham na linha de produção de eletrodomésticos da Arno, em São Paulo (SP). (São Paulo (SP), 31.08.2004. Foto: Antônio Gaudério/Folhapress. Digital)

De acordo com a Associação, cerca de 25% dos resultados do setor, que faturou R$ 66,5 bilhões no Brasil em 2018, vem de compras para novas residências. “Podemos chegar progressivamente aos R$ 85 bilhões de faturamento anual”, estima Maristela.

Da mesma forma, o varejo de eletrodomésticos pode ganhar fôlego com o novo formato de financiamento imobiliário. Em resumo, qualquer incremento na construção civil residencial é uma ampliação, por consequência, à indústria de eletrodomésticos. Sobretudo, para as linhas branca (geladeira, máquina de lavar e fogão), marrom (televisão, vídeo e som) e de eletroportáteis (liquidificador, sanduicheira e batedeira).

Contudo, o impacto da novidade não deverá vir imediato. Conforme o novo financiamento imobiliário cresça, os ganhos para o setor deverão vir posteriormente.

Brazilian Furniture: oportunidade para indústria de móveis

A diretora executiva da Abimóvel, Cândida Cervieri, acrescenta que o setor moveleiro vem trabalhando fortemente as exportações. Explorando mercados, como América Latina, Central, Canadá, Estados Unidos, Chile, Oriente Médio, Peru, União Europeia e Uruguai.

Neste sentido, um propulsor para as indústrias moveleiras é o Projeto Brazilian Furniture. A iniciativa é uma parceria da Abimóvel com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e conta com certa de 140 empresas.

O processo de internacionalização é realizado por meio de um conjunto de ações estratégicas. Como por exemplo, o Projeto Comprador, missões internacionais e exposição em grandes eventos mundiais. Ademais, o Brazilian Furniture está estruturado para orientar e atender as necessidades das empresas em cada nível de maturidade exportadora. Sobretudo, com o intuito de fomentar e fortalecer as exportações e imagem do setor moveleiro.

Segundo a Cândida, este é um mercado iniciante comparado ao mercado interno. Entretanto, os números veem crescendo ano a ano. Considerando o primeiro semestre de 2019, participaram de ações mais de 230 empresas. Como resultado, um balanço de mais de 6,7 mil contatos comerciais. Além disso, neste ano, a Abimóvel contabiliza para o Projeto Brazilian Furniture, projeções de US$ 60 milhões em negócios. Valor somando contratos em andamento até agosto.

Fonte: < http://emobile.com.br/site/industria/industria-de-moveis-e-eletrodomesticos-espera-crescer-ate-20/ > Acesso em: 10/09/2019 ás 15h30.

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