Indústria 4.0 – A era das fábricas inteligentes

Indústria 4.0 – A era das fábricas inteligentes

Falar de “Indústria 4.0”, no Brasil, ainda desperta confusão em grande parte dos executivos de produção. Mesmo assim, o que está por trás da Indústria 4.0 revela grandes mudanças na maneira como as fábricas irão trabalhar.

O conceito está ganhando força e executivos devem prestar atenção em como tudo isso irá se desenvolver para não ficar para trás.

Por que 4.0?

O número está relacionado as revoluções industriais que já aconteceram no mundo.

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A primeira ocorreu na Inglaterra, na metade do século XVIII, com a invenção da máquina a vapor que potencializou a velocidade de produção de fios e tecidos.

Desde então, o anseio pelo crescimento não cessou, e novas formas de facilitar o trabalho foram sendo inventadas. Com o avanço da energia elétrica e do motor à explosão, em meados de 1870 ocorreu a segunda revolução industrial.

Já a terceira, também chamada de Revolução Tecnocientífica, inicia-se no século XX e tem como principal característica a evolução da informática.

Agora, com a disseminação da Internet, sensorização e inteligência artificial, o mundo se prepara para o que está sendo considerado a quarta revolução industrial.

Quando irá acontecer?

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Esqueça todas as ideias preconcebidas de que essa revolução só envolve automação e robôs e está muito distante de nossa realidade atual.

Todas as tecnologias da Indústria 4.0 já existem e estão sendo utilizadas. Porém, assim como todas as outras revoluções, elas só são percebidas alguns anos depois de terem apresentado as primeiras mudanças.

A quarta revolução já começou, mas vai levar um tempo para o mundo se dar conta. Quem conseguir entender antes poderá aproveitar ao máximo as oportunidades que estão surgindo.

De quais tecnologias estamos falando?

As principais tecnologias por trás dessa revolução incluem:

  • Internet das Coisas – Exatamente como o nome sugere, a Internet está em quase todas as coisas. Todos os dias surgem novos produtos com acesso à Internet. A tendência é que ela se torne onipresente e invisível.
  • Big data – Grande quantidade de dados analisados em tempo real por computadores possibilitando a entrega rápida da informação necessária para as tomadas de decisões.
  • Computação em nuvem – Possibilita o uso de sistemas como serviço. Dessa forma, gastos com infraestrutura e desenvolvimento são drasticamente reduzidos.
  • Robótica avançada – Precisão nanométrica e automação de processos através do uso de robôs super avançados.
  • Inteligência artificial – Sistemas projetados especialmente para entender os processos de produção e tomar decisões próprias, sem depender de ações humanas.
  • Manufatura aditiva/híbrida – O produto é modelado acrescentando-se material, camada por camada, de modo a eliminar o desperdício e aproveitar a matéria-prima ao máximo.

 

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Dentre elas, a tecnologia com maior destaque é a Internet das Coisas, que é o componente integrador de todas as outras. Não é de agora que Internet tem aproximado o mundo real e o virtual.

Muitas áreas de nossas vidas já mudaram com a Internet das Coisas (IoT) e a indústria não é exceção. A IoT possibilita conectar tudo que envolve o processo de produção: máquinas, produtos, sistemas e pessoas. Neste novo mundo, porém, mais do que adicionar um sensor, ou sinalizar algo, o foco deve ser como explorar a informação gerada pelo dispositivo.

Com uma boa análise, por exemplo, uma máquina poderá avisar que precisa de uma manutenção preventiva ou fazer correções de defeitos na linha de produção sem precisar de ajuda.

Princípios da Indústria 4.0

Existem seis princípios ligados ao conceito de “Indústria 4.0” que podem nortear as ações das indústrias nos próximos anos. São eles:

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Capacidade de operação em tempo real: Coleta e análise de dados no momento que as coisas acontecem, afim de permitir a tomada de decisões em tempo real.

Virtualização: Uma cópia virtual da fábrica com monitoramento remoto de todos os processos. Dessa forma, fica muito mais fácil simular, prever falhas e otimizar a cadeia de produção.

Descentralização: Sistemas cyber-físicos, através da análise de dados (Big Data) decidem o que fazer, sem depender de ação externa. A tomada de decisão é muito mais rápida e segura pois o sistema sabe de antemão os impactos que uma escolha terá no processo produtivo.

Orientação a serviços: Softwares / Operação na nuvem

Modularidade: Através de módulos, máquinas utilizam apenas os recursos necessários para cada tarefa, otimizando o gasto de energia e tempo.

Interoperabilidade: Máquinas, dispositivos, sensores e pessoas se conectam e comunicam através da Internet das Coisas.

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Por onde começar?

Em recente evento de inauguração do Centro de Cibersegurança das Siemens em Portugal, o primeiro-ministro do país declarou: “A indústria 4.0 só é ameaça para quem não se preparar”. O que fazer então?

A característica mais evidente dessa revolução é a digitalização das informações. Essa transformação digital será obrigatória e um importante passo para qualquer Indústria. Mas, isso não vem de graça, requer investimento e uma mudança de cultura.

Para prosperar, líderes terão que trabalhar ativamente nessa mudança de pensamento e experimentar ideias e sistemas que até então não tinham sido considerados.

Veja: Indústria 4.0 – Por onde começar?

Gustavo Henrique Kich.

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